Acidentes automobilísticos e álcool
Quanto maior a concentração de álcool no sangue do motorista, maior probabilidade tem ele de provocar um acidente de trânsito.
O sistema nervoso é a sede dos principais efeitos do álcool, onde age como potente depressor. No Carnaval e em outras festas e feriados, são freqüentes os abusos do uso do álcool. E, como se pode suspeitar, é uma época perigosa para o tráfego nas cidades e estradas.
Existem várias razões que explicam o maior número de acidentes automobilísticos nesta época do ano:
- A maioria dos motoristas que viajam para as festividades de Carnaval são jovens; estatísticamente, são os jovens os que mais se envolvem em acidentes automobilísticos devido à sua menor experiência como motoristas.
- Existe a cultura do excesso do álcool no Carnaval, e são os jovens que mais fazem uso dele.
- A maioria dos que usam o álcool nesta ocasião não bebem com freqüência, tendo, assim, uma menor tolerância ao álcool. Estas pessoas geralmente subestimam o seu grau de embriagues, e acabam por dirigir.
- Os alcoólatras crônicos apreciam muito as festividades como o Carnaval, que dão a elas uma maior oportunidade "social" para beber. Os alcoólatras, diferentemente do usuário eventual de bebida, conseguem ingerir uma grande quantidade de bebida alcóolica, antes de se manifestarem sinais de embriaguez.
- As pessoas tem pressa em "chegar" ao seu destino - os dias de feriado são poucos, e todos desejam aproveitar o tempo ao máximo. Assim, existem ainda os efeitos do excesso de velocidade e das estradas superlotadas nestas ocasiões.
- Muitas vezes, as pessoas dormem pouco nestas ocasiões de Carnaval. O sono, associado à bebida, pode deprimir ainda mais o sistema nervoso central.
- Drogas algumas vezes são consumidas, afetando diretamente o cérebro e combinando seus efeitos com os do álcool.
Dosagem de álcool no organismo
Para finalidades médicas, seria ideal a determinação da concentração do álcool no sangue, no ar exalado ou na urina. Respeitando as tolerâncias individuais, a regularidade e a quantidade de ingestão alcoólica, tem-se que:
- níveis baixos (50-150 mg%) provocam leves sintomas de intoxicação, com desinibição, euforia, incoordenação motora leve a moderada — estes níveis geralmente não exigem a intervenção do médico;
- níveis moderados (150 a 300 mg%) acometem o sistema límbico e o cerebelo, originando sonolência, instabilidade emocional, fala arrastada, ataxia e diminuição das respostas motoras;
- níveis acima de 300 mg% acompanham-se de depressão mais acentuada das áreas anteriormente citadas e mais do sistema reticular ativador ascendente. Aumentam as disfunções motoras e cognitivas; há diminuição progressiva do estado de consciência, com letargia, estupor e coma.
- Com níveis muito altos (em torno de 500 mg%), predominam o acometimento bulbar com aprofundamento do coma, hipotermia, hipotensão e depressão respiratória. A morte ocorre raramente, estando associada à ingestão concomitante de outros depressores e aos comas prolongados (8-10 h); ao ocorrer, geralmente sobrevém a morte por parada respiratória.
Em alguns indivíduos hipersensíveis, pode ocorrer o que se denomina intoxicação alcoólica patológica, provavelmente associada à epilepsia do lobo temporal. Após uso de pequenas quantidades de álcool, manifesta-se agitação extrema, acompanhada de confusão mental, desorientação e, às vezes, grande violência. Geralmente segue-se amnésia.
Orientações e Dicas
Siga os seguintes princípios para evitar os acidentes automobilísticos relacionados com o álcool:
- Não existe uma regra que diz que para que você tenha um Carnaval divertido você deva beber. Se você for dirigir, evite a todo o custo os convites para ingerir bebida alcoólica
- Tenha a opção de usar bebidas não-alcóolicas, como refrigerantes, cerveja sem álcool, sucos, água mineral.
- Se você estiver em uma turma e o grupo pretender usar álcool, designem antecipadamente um motorista, que não deverá beber. Esta decisão é importante para a segurança de todo o grupo.
- E, por último, se o motorista for beber, deverá evitar atingir a dose de 50 mg% de álcool no organismo (ver acima, Dosagem de álcool no Organismo). Para isso, a dose máxima de segurança permitida deverá ser a de uma lata de cerveja.
Fonte: Manual de Urgências em Pronto-Socorro - 5a. Ed. - 1996.
10 PERGUNTAS SOBRE RESSACA
Uma dose a mais... e extrapolamos nossos limites. Veja como se combate uma ressaca e como se faz para evitá-la.
Os sintomas são inconfundíveis: a cabeça pesa como se estivesse apertada por um daqueles círculos de ferro usados em torturas medievais. Dói especialmente na nuca, nas têmporas e na testa. A luz do dia fere nossos olhos e qualquer barulho retumba dentro do cérebro. Na boca, um gosto amargo. Não queremos fazer nada, apenas fechar os olhos, quietos, deixando o tempo passar. É a ressaca - um mal-estar generalizado provocado pelo excesso de bebida alcoólica. Ela não ocorre sempre nem com todo mundo. Para algumas pessoas é infalível, basta beber alguns drinques e esperar pelo dia seguinte. Outras são atacadas pela ressaca apenas de vez em quando. E há também os que, embora bebam com freqüência, passam incólumes por essa verdadeira expiação.
1. O que é ressaca?
É um tipo de crise de abstinência. Como qualquer outra bebida ou alimento, o álcool é metabolizado e distribuído pela corrente sangüínea para todas as células do corpo. A sensação de embriaguez e relaxamento ocorre quando ele chega ao cérebro. É o momento da intoxicação. O corpo faz um grande esforço para dar conta das doses excessivas. Quem mais trabalha é o fígado, que precisa produzir enzimas para absorvê-lo, transformá-lo em gordura e secretá-lo pela bile. Quando o trabalho acaba, o fígado quer mais e entra numa espécie de depressão, desorganizando todo o metabolismo. O sistema nervoso, que também foi acelerado, tem uma reação parecida. O resultado é uma queda da força muscular, dor de cabeça, enjôo, diarréia, sensibilidade à luz e um cansaço enorme.
2. Ardência no estômago é sintoma de ressaca?
Essas dores também estão associadas ao excesso de bebida, em especial os destilados, como cachaça, uísque, conhaque e vodca. O álcool em demasia agride as paredes do estômago e do esôfago. Dependendo da gravidade essas lesões precisam ser tratadas com medicamentos.
3. A ressaca de algumas bebidas é maior do que a de outras?
Quanto maior o teor alcoólico, maior a probabilidade de intoxicação e ressaca. Além disso, as bebidas destiladas tendem a entrar mais rapidamente na corrente sangüínea do que as fermentadas. Portanto, são mais perigosas.
4. O mal-estar depende da quantidade de bebida?
A ressaca sempre é provocada por uma grande quantidade de álcool, mas é o corpo que determina os limites. Para quem nunca bebe, o excesso pode ser apenas uma única dose. As pessoas habituadas a beber são mais resistentes. O fígado está treinado, ou seja, produz facilmente as enzimas necessárias. Mas, quando bebem além do que o corpo considera limite, não se livram da ressaca.
5. É possível evitar a ressaca?
Respeite seus limites. Aumente a tolerância fazendo o álcool entrar mais lentamente na corrente sangüínea. A melhor forma de fazer isso é comer bem, antes e enquanto estiver bebendo.
6. Algumas pessoas recomendam uma colher de azeite de oliva antes de começar a beber. Isso tem fundamento?
O azeite é um alimento e, portanto, ajuda a evitar a rápida entrada do álcool no sangue. Mas tomado puro pode provocar enjôo. O melhor é usá-lo como tempero de uma salada de batatas, carboidrato que ajuda a processar a bebida.
7.Tomar água ajuda a combater os sintomas desagradáveis?
Quanto mais água, melhor. Antes, durante e depois de beber. A água dilui o álcool e reduz as chances de intoxicação. Facilita o trabalho do fígado e dos rins, que eliminam mais rapidamente os resíduos tóxicos do organismo.
8. Um copo de cerveja pode rebater a ressaca?
Como ela é uma síndrome de abstinência de álcool, "aquela cervejinha para rebater" e outras receitas, como o blood mary (vodca com suco de tomate) ou o gim-tônica, podem ajudar o fígado a se recompor. É como recuperar um drogado ministrando doses cada vez menores da mesma droga. A cerveja ainda tem a vantagem de estimular o funcionamento dos rins, acelerando a expulsão dos resíduos tóxicos pela urina. Mas isso depende de reações individuais. Há quem não suporte o cheiro de álcool por algum tempo.
9. Fumar piora a situação?
Sim. Álcool e fumo formam uma dobradinha imbatível. Mesmo quem fuma moderadamente aumenta a quantidade de cigarros quando está bebendo. E, quanto mais nicotina, menos oxigênio no sangue. Daí o processo de intoxicação pela bebida alcoólica é mais rápido.
10. Qual a melhor forma de superar uma ressaca?
Em primeiro lugar, não se deve exigir demais do organismo, que já está estressado. Se possível, faça só o que o corpo pede. Fique em casa, no silêncio e no escuro, descansando. E tome muito líquido: água e sucos de frutas para repor as vitaminas e os sais minerais perdidos na batalha contra o álcool. Comida, só se sentir fome. A primeira refeição deve ser leve. Purê de batata, canja de galinha ou chazinho - boldo, de preferência - caem bem.
(Fonte: http://saude.abril.com.br/especiais/fim_de_ano/conteudo_262063.shtml)
Os sintomas são inconfundíveis: a cabeça pesa como se estivesse apertada por um daqueles círculos de ferro usados em torturas medievais. Dói especialmente na nuca, nas têmporas e na testa. A luz do dia fere nossos olhos e qualquer barulho retumba dentro do cérebro. Na boca, um gosto amargo. Não queremos fazer nada, apenas fechar os olhos, quietos, deixando o tempo passar. É a ressaca - um mal-estar generalizado provocado pelo excesso de bebida alcoólica. Ela não ocorre sempre nem com todo mundo. Para algumas pessoas é infalível, basta beber alguns drinques e esperar pelo dia seguinte. Outras são atacadas pela ressaca apenas de vez em quando. E há também os que, embora bebam com freqüência, passam incólumes por essa verdadeira expiação.
1. O que é ressaca?
É um tipo de crise de abstinência. Como qualquer outra bebida ou alimento, o álcool é metabolizado e distribuído pela corrente sangüínea para todas as células do corpo. A sensação de embriaguez e relaxamento ocorre quando ele chega ao cérebro. É o momento da intoxicação. O corpo faz um grande esforço para dar conta das doses excessivas. Quem mais trabalha é o fígado, que precisa produzir enzimas para absorvê-lo, transformá-lo em gordura e secretá-lo pela bile. Quando o trabalho acaba, o fígado quer mais e entra numa espécie de depressão, desorganizando todo o metabolismo. O sistema nervoso, que também foi acelerado, tem uma reação parecida. O resultado é uma queda da força muscular, dor de cabeça, enjôo, diarréia, sensibilidade à luz e um cansaço enorme.
2. Ardência no estômago é sintoma de ressaca?
Essas dores também estão associadas ao excesso de bebida, em especial os destilados, como cachaça, uísque, conhaque e vodca. O álcool em demasia agride as paredes do estômago e do esôfago. Dependendo da gravidade essas lesões precisam ser tratadas com medicamentos.
3. A ressaca de algumas bebidas é maior do que a de outras?
Quanto maior o teor alcoólico, maior a probabilidade de intoxicação e ressaca. Além disso, as bebidas destiladas tendem a entrar mais rapidamente na corrente sangüínea do que as fermentadas. Portanto, são mais perigosas.
4. O mal-estar depende da quantidade de bebida?
A ressaca sempre é provocada por uma grande quantidade de álcool, mas é o corpo que determina os limites. Para quem nunca bebe, o excesso pode ser apenas uma única dose. As pessoas habituadas a beber são mais resistentes. O fígado está treinado, ou seja, produz facilmente as enzimas necessárias. Mas, quando bebem além do que o corpo considera limite, não se livram da ressaca.
5. É possível evitar a ressaca?
Respeite seus limites. Aumente a tolerância fazendo o álcool entrar mais lentamente na corrente sangüínea. A melhor forma de fazer isso é comer bem, antes e enquanto estiver bebendo.
6. Algumas pessoas recomendam uma colher de azeite de oliva antes de começar a beber. Isso tem fundamento?
O azeite é um alimento e, portanto, ajuda a evitar a rápida entrada do álcool no sangue. Mas tomado puro pode provocar enjôo. O melhor é usá-lo como tempero de uma salada de batatas, carboidrato que ajuda a processar a bebida.
7.Tomar água ajuda a combater os sintomas desagradáveis?
Quanto mais água, melhor. Antes, durante e depois de beber. A água dilui o álcool e reduz as chances de intoxicação. Facilita o trabalho do fígado e dos rins, que eliminam mais rapidamente os resíduos tóxicos do organismo.
8. Um copo de cerveja pode rebater a ressaca?
Como ela é uma síndrome de abstinência de álcool, "aquela cervejinha para rebater" e outras receitas, como o blood mary (vodca com suco de tomate) ou o gim-tônica, podem ajudar o fígado a se recompor. É como recuperar um drogado ministrando doses cada vez menores da mesma droga. A cerveja ainda tem a vantagem de estimular o funcionamento dos rins, acelerando a expulsão dos resíduos tóxicos pela urina. Mas isso depende de reações individuais. Há quem não suporte o cheiro de álcool por algum tempo.
9. Fumar piora a situação?
Sim. Álcool e fumo formam uma dobradinha imbatível. Mesmo quem fuma moderadamente aumenta a quantidade de cigarros quando está bebendo. E, quanto mais nicotina, menos oxigênio no sangue. Daí o processo de intoxicação pela bebida alcoólica é mais rápido.
10. Qual a melhor forma de superar uma ressaca?
Em primeiro lugar, não se deve exigir demais do organismo, que já está estressado. Se possível, faça só o que o corpo pede. Fique em casa, no silêncio e no escuro, descansando. E tome muito líquido: água e sucos de frutas para repor as vitaminas e os sais minerais perdidos na batalha contra o álcool. Comida, só se sentir fome. A primeira refeição deve ser leve. Purê de batata, canja de galinha ou chazinho - boldo, de preferência - caem bem.
(Fonte: http://saude.abril.com.br/especiais/fim_de_ano/conteudo_262063.shtml)
Outra informação, publicada hoje, 29/12/2008, sobre o que funciona ou não contra a ressaca, começa com uma informação que não condiz com a pergunta 8 da série acima:
Fonte: Supernotícias, 31/12/2008, pág. 17).
Ver mais SAÚDE
Legal Luana.Acho q poucas pessoas sabem disso,mto bem lembrado amiga. Bjjuuuss
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