Na manhã desta sexta-feira (24) estiveram presentes na sede do SIMP dezenove agentes comunitários de saúde, lotados na UBS Navegantes. A segunda reunião entre o Sindicato e os ACS pretendeu dar continuidade as discussões iniciadas no dia 31/01.
Na primeira reunião, realizada dia 31, os agentes comunitários falaram sobre os anseios da categoria, tendo como preocupação principal o não recebimento da verba denominada incentivo. Através da interferência do SIMP, a maioria dos ACS (com exceção de três agentes comunitários que reclamaram na reunião que ainda não receberam e que após procurarem a administração obtiveram a informação que havia ocorrido uma falha no sistema e que não há data para a regularização do problema) receberam este mês o valor correspondente a parcela que não havia sido repassada.
Na reunião de hoje, outras reivindicações foram postas em pauta. Os servidores reclamam melhores condições de trabalho; o recebimento de vale-transportes; ganhar o Adicional Saúde da Família, vantagem destinada exclusivamente, aos servidores ativos da Secretaria Municipal de Saúde que atuem na Estratégia de Saúde da Família (ESF), e estão inseridos nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), benefício que já existe, mas que é pago apenas a outros profissionais, além de cursos de qualificação.
Conforme os ACS eles não possuem condições mínimas de trabalho, faltam uniformes, bolsas, equipamentos de proteção. Lidando direto com a comunidade, são muito expostos a condições perigosas, como o contato com doenças infectocontagiosas, sem que lhes sejam fornecidos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).
O deslocamento até o trabalho e dentro da comunidade é outro problema enfrentado diariamente. Além de não receberem vales-transportes para ir até a Unidade Básica de Saúde, do Navegantes, lugar onde devem registrar o ponto, estes servidores precisam andar a pé nas visitas as famílias, dentro das suas micro-áreas de trabalho.
Ainda entre as reivindicações dos Agentes Comunitários se pode apontar a inexistência de expediente interno, momento necessário para fazer atividades como a atualização de cadastros, fechamento de relatórios e o não oferecimento de curso técnico, que acontece no restante do país.
Conforme o diretor do SIMP, Everton Barbosa, o sindicato vai continuar buscando os direitos dos ACS e garante que já parte com grande vantagem, visto a disposição e mobilização da categoria.
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